quinta-feira, 16 de julho de 2015

E agora!? Quem se vai orgulhar de mim?

"E agora!?Quem se vai orgulhar de mim!?" Foram estas as palavras usadas por ti quando me abraçaste. Palavras essas que ficarão para sempre gravadas, na minha cabeça, no meu coração.

Perdeste a mãe. Sim, a mãe. E com ela foi um pouco de ti.

Mãe, palavra pequena mas carregada de significado.
Ser mãe é renunciar  a si mesma. Mãe é magia, é sabedoria, é amor. Mãe é quela que diz que nunca gostou de torta de maçã, quando vê que há cinco pessoas para comer e só restam quatro pedaços. Não é assim?  Claro que é. Mãe é sempre igual, só muda de endereço.

Foi o último adeus, mas fica sempre tanto por dizer... Tanto por fazer... Tanto por partilhar... Será possível dizermos a uma mãe tudo o que sentimos por ela? Não. Nunca há tempo. Falta sempre tempo para agradecer e pedir o último abraço.

Por entre a revolta e os porquês: Porquê eu? Porquê a minha mãe? Porquê agora? Porquê sofrer? Porquê a minha rainha? Porquê? Porquê? Porquê? Palavra que atormenta e não nos deixa dormir. Resta pedir que descanse em paz e  encontre no céu toda a serenidade.

O tempo transformará a revolta em saudade, mas é ela que te manterá  na memória todos os momentos felizes.

Afilhada,  podes agora reviver esses momentos mas no papel de mãe. Transportar para o teu filho toda a sabedoria que adquiriste com ela. O amor incondicional será  perpetuado  em cada pedacinho do teu menino.

Quem agora se vai orgulhar de ti?
A resposta é simples, o Martim.