Cada vez mais, nós os adultos, vamos deixando as grandes decisões para mais tarde. A conjuntura não ajuda, e lá anda uma pessoa na procura incessante da estabilidade. E porque a faculdade é cara, mas se tiramos o curso não encontramos trabalho; se trabalhamos não encontramos estabilidade e se encontramos estabilidade o ordenado é diminuto.
Quando finalmente conseguimos reunir todos estes requisitos já podemos pensar no casamento. Ganhamos coragem e seja o que Deus quiser.
Uma pessoa casa e lá vem a questão retórica: "Então!? E filhos!?". A resposta, quase sempre a mesma, e não passa de um simples: "Logo se vê!".
Não satisfeitos, a saga continua… "Estão à espera de quê?", "Olha que já não são novos!", "Qualquer dia são avós!", "Olhem que o tempo passa a correr!".
Finalmente, um casal faz a vontade à humanidade e tem um filho. Não é preciso deixar passar muito tempo e lá vem a perguntinha: "Quando vem o segundo?" "Não deixes que tenham uma grande diferença um do outro!", "Os filhos únicos são mimados!", "Tudo se cria!"
Por favor! Tréguas!!! Admitindo que estas questões não têm qualquer malícia, será possível que o caminho da felicidade tem de passar por todas estas etapas? Qualquer desvio já te torna "um fora da lei"!?
Uma questão, aparentemente, inocente pode causar dor, frustração ou ansiedade! A melhor opção passa por deixar as pessoas decidirem qual o momento certo de partilhar esses grandes momentos.
Qualquer momento é o certo desde que seja o nosso momento.


