Pink Veruska
terça-feira, 4 de fevereiro de 2020
Obrigada Dna Lúcia
quarta-feira, 15 de janeiro de 2020
Madonna, a Rainha das Rainhas
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019
Hachico, um cão muito especial...
O jantar de ontem, num lugar fantástico, teve o seu ponto alto num pormenor... o vinho servido, hachiko. Este tinto alentejano tem o nome de um dos cães mais famosos do mundo.
Hachiko, foi um cão da raça akita, até hoje lembrado pela sua lealdade ao dono, e que perdurou mesmo após a morte deste.
Em 1924, Hidesaburo Ueno, um professor universitário, achou o cachorrinho junto à estação de comboios e adotou-o.
Hachiko acompanhava Ueno desde a porta de casa até à estação de comboios de Shibuya, no Japão, e no fim do dia voltava para encontrá-lo. Esta amizade a todos encantava.
A vida feliz de Hachiko como
animal de estimação do professor Ueno foi interrompida apenas um ano e quatro meses depois. Ueno sofreu um AVC na universidade naquele dia e nunca mais voltou à estação onde sempre o esperara o seu fiel amigo.Hachiko teve duas famílias adotivas mas fugia sempre para voltar à estação e esperar pelo retorno do seu amigo.
Todos os dias partia para a estação de Shibuya e esperava lá pelo Professor Ueno para voltar para casa. Em 1929, devido aos anos passados nas ruas, ele estava magro e com feridas provocadas por outros cães. Uma das suas orelhas estava partida e tinha uma aparência miserável, não parecia mais o cão de raça e robusto que já tinha sido uma vez.
Hachiko envelheceu, tornou-se muito fraco e sofria de dirofilariose, um verme que ataca o coração. Na madrugada de 8 de Março de 1935, com 11 anos, morreu numa rua lateral à estação de Shibuya. Durante quase 10 anos, esperou saudoso, o seu mestre.
Os seus ossos foram enterrados junto à sepultura do professor, para que ele, finalmente, se reencontrasse com o seu dono.
Obrigada bela lição Hachiko.
quinta-feira, 26 de outubro de 2017
40 balas
40 balas!? Foi assim que um amigo me cumprimentou, hoje, pela manhã.
Socorro! Ele tem razão! Estes 40 anos passaram à velocidade das balas! Colheita de 1977, está fácil de fazer a conta.
Trau! E de repente 40! Esperem, preciso digerir! Mas como! ?
Infinitamente sonhadora, brinco, prego partidas, caio, pinto o cabelo de rosa, amuo, faço queixinhas à mamã, terei mesmo essa idade? Deixa lá! É só um número!
Não fossem as rugas, as dores nas costas, os cabelos brancos (que pintarei até que a voz me doa), ou a falta de um dente molar, eu jurava que tinha 20.
Vou é tirar partido desta idade maravilhosa. Serena, ainda com a energia da juventude, sem angústias nem dramas. Sinto-me charmosa, sedutora e muito mais interessante!
Entrei na Era do ouro! Para trás ficaram 40 anos de muitas experiências mas na frente ainda tenho uma parafernália de coisas para viver! Com a vantagem de que me sinto mais confiante e pouco preocupada com a opinião dos outros.
E como dizia Cícero: "Os homens são como os vinhos: a idade azeda os maus e apura os bons."
sábado, 1 de julho de 2017
Ter um blogue para quê?
Muitas vezes dou comigo surpreendida porque sou seguida no blogue por mais gente do que pensava. Além dos amigos, sou seguida por desconhecidos! Dá para imaginar!? Já fui confrontada, inclusivamente, por um desconhecido que me abordou dizendo que acabou de ler um artigo meu.
-Sério! ? E gostou?
-Estava muito interessante.
Não sei se teve paciência para ler mais do que um, mas só o fato de se ter dado ao trabalho já me deixou satisfeita.
No fundo, escrevo como se só eu fosse ler, acho que é isso que torna o blogue mais genuíno. Acaba por ser um desabafo sobre os acontecimentos que vivo. Se não o fizer fico com a sensação de que vou rebentar!
Acho que todos deveriam ter um, ajuda a descomprimir. Quer dizer, nem todos. Pela quantidade de erros ortográficos que leio por "Facebooks" e afins, muitos deviam ter vergonha de dizerem que são portugueses. Atenção que não falo dos que não tiveram oportunidade de estudar, refiro- me aos iluminados que estudaram até à faculdade e que reinventam a língua portuguesa.
No fundo, o blogue ajuda- me a não perder a dinâmica da escrita já que a licenciatura em Jornalismo faz parte do passado e até para ler um livro preciso de estar de férias.
Agora, criar um blog para ter sucesso e ganhar dinheiro!? Sinceramente, desconheço. Não criei o meu blog para isso. Não me vou armar em inocente: um blog com muitos leitores atrai coisas boas, mas se for uma multidão de seguidores, aí começa a atrair muitas coisas para a quais não tenho paciência. Pretendo ficar pelo meio termo... Muitas vezes tenho de contar até 1000 para não mandar ninguém à fava. Tenho de ler alguns comentários idiotas de alguns que vêm para aqui destilar ódio e frustrações. Enfim, faz parte. ..
Mas quem disse que a vida era fácil! ? Difícil é saber viver!
domingo, 18 de junho de 2017
Queimou o meu coração
Prometi a mim mesma que o meu próximo desafio neste blogue seria escrever algo para rir e não para chorar.
A vida trocou- me as voltas. Mais do que a mim trocou as voltas à minha amiga do coração.
Entre as 62 vítimas das chamas de Pedrogão Grande estavam os pais da minha amiga. Aquela que é sempre a primeira a chegar quando alguém precisa dela.
E eu estou longe! Longe da minha amiga, doce e delicada mas dura e corajosa.
Partiu hoje, cedo, à procura dos pais, mas a única coisa que encontrou foi uma chapa de matrícula queimada que confirmava as suas mortes.
Nesse momento a esperança dos pais estarem em segurança, em casa de algum desconhecido, caiu por terra. Não conseguia falar com os pais mas podia ser apenas um problema de rede!
Afinal o pesadelo confirmou- se. O mundo caiu. Agora já não pode correr para a mãe ou para o pai, para se sentir protegida, como fazemos todos, mesmo depois de adultos. A minha amiga já não vai correr. Perdeu o colo da mamã e já não vai ouvir mais as palavras sábias do pai.
Não foram apenas dois corpos que se foram mas sim todo o seu universo. Um mundo feito de carícias e ensinamentos que agora são recordações.
Tantas experiências vividas juntos que estremeceram de repente e se transformam em saudade.
Um ciclo se cumpriu e agora é hora de dizer adeus...
sexta-feira, 2 de dezembro de 2016
A magia do 1 de Dezembro
Como tem vindo a ser da praxe, ao longo dos meus ternurentos 39 anos, a árvore de Natal é montada no dia um de Dezembro.
Dia verdadeiramente histórico não só porque o faço há 39 anos ou porque é feriado ou porque chegámos ao mês do Natal. Se fosse vivo o meu pai completaria 69 anos.
O dia de hoje estava sempre destinado a um almoço fora seguido da montagem da árvore de Natal. Ainda que a minha paciência não fosse muita lá estava o meu pai, cheio de pachorra, disposto a perder quase uma tarde toda naquilo. Ele, que nem por isso era uma pessoa muito dotada de paciência! Homem de poucas palavras, o meu pai tinha o dom do silêncio, muito dificilmente conquistava a empatia das minhas amigas. Punha- as todas a correr já que o lar era lugar de descanso.
E lá ia colocando as peças enquanto resmungava com a árvore.
Montou a sua última árvore de Natal há 5 anos, dia do seu aniversário, quando ainda nem imaginava que o iria fazer pela última vez...
Bolinhas douradas, decoradas com lacinhos vermelhos de veludo que ele mesmo fez, eram penduradas numa árvore verde, pequenininha, a condizer com a sala. Correntes douradas e vermelhas percorriam a árvore em substituição das antigas fitas pomposas. As luzinhas piscavam descompassadamente enquanto no topo brilhava uma estrela dourada.
O meu pai não era uma pessoa demostradora de afetos nem tinha jeito para isso. O seu semblante, quase sempre fechado, não o tornava pessoa de muitos amigos.
Tinha soluções engenhosas para tudo, jeito para o desenho e uma letra perfeita quase desenhada. Estou a anos luz de me aproximar da sua criatividade.
Calmo e sossegado não era amigo de sair de casa, a não ser para as suas voltas de bicicleta, paixão que perseguiu durante toda a sua vida.
Nunca me perguntava as notas, o que parece estranho... Mas a sua máxima era: "o que construires agora para ti será".
Este era o meu pai, o "pica" da Rodoviária, não havia quem não o conhecesse. Ainda hoje, para quem não me está a reconhecer sou a filha do Bento, o senhor das camionetas ou da bicicleta.
O dia um de Dezembro, para mim, não é só o primeiro dia do último mês do ano. É um marco, uma lenda que faço questão de manter até ao dia em que eu mesma construa a árvore mágica pela última vez...