O jantar de ontem, num lugar fantástico, teve o seu ponto alto num pormenor... o vinho servido, hachiko. Este tinto alentejano tem o nome de um dos cães mais famosos do mundo.
Hachiko, foi um cão da raça akita, até hoje lembrado pela sua lealdade ao dono, e que perdurou mesmo após a morte deste.
Em 1924, Hidesaburo Ueno, um professor universitário, achou o cachorrinho junto à estação de comboios e adotou-o.
Hachiko acompanhava Ueno desde a porta de casa até à estação de comboios de Shibuya, no Japão, e no fim do dia voltava para encontrá-lo. Esta amizade a todos encantava.
A vida feliz de Hachiko como
animal de estimação do professor Ueno foi interrompida apenas um ano e quatro meses depois. Ueno sofreu um AVC na universidade naquele dia e nunca mais voltou à estação onde sempre o esperara o seu fiel amigo.Hachiko teve duas famílias adotivas mas fugia sempre para voltar à estação e esperar pelo retorno do seu amigo.
Todos os dias partia para a estação de Shibuya e esperava lá pelo Professor Ueno para voltar para casa. Em 1929, devido aos anos passados nas ruas, ele estava magro e com feridas provocadas por outros cães. Uma das suas orelhas estava partida e tinha uma aparência miserável, não parecia mais o cão de raça e robusto que já tinha sido uma vez.
Hachiko envelheceu, tornou-se muito fraco e sofria de dirofilariose, um verme que ataca o coração. Na madrugada de 8 de Março de 1935, com 11 anos, morreu numa rua lateral à estação de Shibuya. Durante quase 10 anos, esperou saudoso, o seu mestre.
Os seus ossos foram enterrados junto à sepultura do professor, para que ele, finalmente, se reencontrasse com o seu dono.
Obrigada bela lição Hachiko.
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