terça-feira, 28 de outubro de 2014

O tédio do hospital público

Bem sei que ninguém vai ao hospital porque é "porreiro" ou porque não tem mais nada que fazer.
Se vamos ao hospital é porque estamos doentes, quanto muito, acompanhamos alguém que não está muito bem,  que foi o meu caso.
Mas fiquei de "cabelos em pé" com toda aquela animação à minha volta! Se calhar a malta até curte aquilo!
Parece que os cartazes espalhados, por todo o lado, onde se pode ler: "silêncio por favor", não são suficientes... ou não são... importantes! Reinava a desordem e a falta de respeito!
Se fechasse os olhos sentia-me no parque, no jardim do Campo Grande!
Sentada ao meu lado direito estva uma criatura que resolveu colocar os headphones. Na realidade parecia não ter, já que se ouvia a sua belíssima música heavy metal, na perfeição! Como não ouvia mais nada para além daquilo,  no tlm jogava com a música aos berros!
À minha esquerda tínha uma sra. que não parava de tossir para cima de mim, tornando-me portadora da sua maravilhosa chuva de perdigotos.  Para quê usar um lenço ou o cotovelo!?
Ao fundo,  tínhamos uma família feliz.  Um estava doente, mas os outros 7 só vieram para acompanhar!  Que bonito foi ouvir a família toda a brincar com o seu novo membro. Só faltava a toalha para o piquenique.
Um pouco mais à frente,  um telemóvel teimava em tocar!  Será que o proprietário de tal objeto indispensável conhece o modo silêncio ou vibração!?
Como é possível tudo isto acontecer em 50 m2! ?
Já não se fazem hospitais como antigamente. ..

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